terça-feira, 31 de julho de 2018

Almoço dos aniversariantes da EIC Silves - 4 de fevereiro de 2017

Almoço dos aniversariantes (fizeram anos no mês de janeiro) de ex- alunos da Escola Industrial e Comercial de Silves, com a presença de amigos.

Porto de Mós, 4 de fevereiro de 2017

Parabéns aos aniversariantes

Para recordar



segunda-feira, 30 de julho de 2018

sábado, 28 de julho de 2018

Almoço dos alunos da EICSilves - anos 70

Almoço dos alunos da EICSilves - anos 70, com alunos dos anos 60, convidados.
Dia 26 de novembro de 2016, no Restaurante Recanto Dos Mouros - Monte Branco

Recordando aqui esse momento




quinta-feira, 26 de julho de 2018

Almoço do 50º aniversário da constituição dos XELB 65

Almoço de homenagem pela passagem do 50º aniversário da constituição dos XELB 65
Quinta da Pomona, Enxerim - Silves
21 de novembro de 2015

As imagens para recordar


Almoco de ex-alunos da EIC de Silves dos anos 60, no Rei do Bacalhau, Lisboa

Realizou-se em Lisboa, no restaurante "O Rei do Bacalhhau", um almoço convívio dos es-Alunos da Escola Industrial e Comercial de Silves dos anos 60. Este foi o primeiro almoço que participei depois de encontrar alguns amigos no FB.

Fica aqui o registo desse acontecimento em filme.



quarta-feira, 25 de julho de 2018

Ex-alunos da EIC de Silves - Anos 60 / Almoço convívio no dia 4 de abril de 2015 em Carvoeiro

Realizou-se em Carvoeiro, na Colina Village, um almoço convívio dos ex-Alunos da Escola Industrial e Comercial de Silves dos anos 60.

Fica aqui o registo desse acontecimento em filme.


sexta-feira, 20 de julho de 2018

Ir à praia ... e às termas nos anos 50

(O fascínio pelo mar na infância)

Caminhando na praia de Quebra Canela, na Cidade da Praia, em Cabo Verde, o pensamento viaja  através dos mares e detêm-se no Algarve, na longínqua localidade de Torre e Cercas, no concelho de Silves. Estas caminhadas diárias, durante cerca de 2 horas, levam-me até à minha infância, nada melhor do que este cenário, para recordar este passado distante e tão próximo, o que era na década de 50 do século passado, as raras visitas a instâncias balneares e termais.

Essas idas à praia e às termas, na década de 50, entre os meus 3 e 11 anos, resumia-se a 3 viagens: uma às festa de Nossa Senhora dos Navegantes em meados de agosto, em Armação de Pera; outra às festas da Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro, no concelho de Lagoa, no último domingo de agosto; no final do verão, já em setembro, a viagem até às termas das Caldas de Monchique.
 
Festas de Armação de Pera - Foto:  Blogue Cidadania - Armação de Pera

O meu pai possuía uma carroça, puxada por uma mula, que era utilizada nas tarefas agrícolas e transporte de produtos: as azeitonas para o lagar e no regresso trazia o azeite; os peros de Monchique (maças) para vender na feira; os cabazes de laranja até ao local onde os camiões os recolhiam para transportarem ao destino final, o mercado abastecedor de Lisboa. Nestas ocasiões a carroça era transformada em transporte de passageiros e engalanada com flores, até a mula levava um colar de flores no malhim. Era ainda colocado um teto para nos proteger do sol e do vento e aí estava o transporte que nos levava para as festas: eu; o meu pai; um tio ou primo da minha mãe; a minha mãe; a minha avó materna;  mais um ou dois passageiros, num total máximo de 8 pessoas.

Foto de Artur Pastor: Carroça
Foto de Fernando Augusto, onde se pode ver o malhim já enfeitado para a ocasião

Os preparativos para a viagem começavam dias antes, mas era na véspera que a minha mãe preparava o farnel para o dia de festa: frango frito; arroz branco; pastéis de bacalhau ou de peixe; peixe seco e o inevitável garrafão de vinho tinto para os homens, que viajavam connosco e amigos que sempre apareciam. Já no local da festa havia uns senhores que vendiam polvo seco, que assavam nas brasas. A minha mãe comprava algumas pernas para juntar ao farnel.

Chegados ao local da festa, o meu pai e o outro adulto do sexo masculino, depois de estacionar o carro e abastecer com a ração para o animal, deslocavam-se às tabernas onde iam bebendo mais uns copos, porque nesta época não corriam o risco de ficar sem a carta de condução!!! Eu e as mulheres bronzeávamos na praia ou, como no meu caso, dormiam na barraquinha que alugávamos por um dia.

Das festas da Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro, no concelho de Lagoa não tenho recordações marcantes: lembro-me duma rua que nos levava até a uma praia pequena, com barreiras enormes de um lado e do outro. Para recordar fica aqui um escrito que descreve estas festas: "A principal festa de cariz religioso em Carvoeiro ocorre no último domingo de Agosto. Trata-se da festa de Nossa Senhora da Encarnação, uma celebração religiosa tradicional que inclui uma missa e uma procissão pelas ruas da vila. Há ainda uma homenagem por parte da comunidade de pescadores, que inclui a bênção das suas embarcações." Fonte:  site Logitravel.pt.

Foto: Algarve-pela-lente-do-Senhor-Timóteo -Carvoeiro

Da festa de Nossa Senhora dos Navegantes  de Armação de Pera que se realizava em meados de agosto, tenho algumas recordações: um mar enorme, sem fim; a agitação própria dum dia de festa. No entanto, a recordação que mais me marcou foi: ao início a da noite dirigíamo-nos  para a Fortaleza e daí contemplávamos as embarcações iluminadas e engalanadas e a certa altura da noite,  a partir dos barcos era lançado o fogo de artifício, um espetáculo deslumbrante que me encantava e sempre recordava. Terminado o fogo de artifício, era o caminho de regresso, do qual não tenho grandes recordações, o dia tinha sido longo e não dava para ver mais nada.

Foto da Net sem autor conhecido: Fortaleza de Armação de Pera

A ida às termas era um pedido, quase uma exigência, da minha avó materna,  ela não podia passar sem um banho nas termas, no final do ano e beber a água da bica, dizia ela que era para purificar o corpo e a alma das agruras da vida e para lhe dar forças para mais um ano de canseiras. Lembro-me de brincar nas várias correntes de água fresquinha que existiam naquele vale das termas. O ritual de preparação da viagem não era diferente do utilizado para a ida à praia.

Foto: Hugo Carriço -Termas das Caldas de Monchique

F. Santos - Memórias de infância
Cidade da Praia, 15 de julho de 2018