História de um tabuleiro…
Era início de tarde, tínhamos acabado de montar o acampamento, depois de termos feito o percurso entre a Fazenda Maria Fernanda e o Dange, bem junto à ponte ainda em construção.
Ponte sobre o rio Dange |
A mudança, corria bem, tudo estava no seu lugar, até que fomos confrontados com a necessidade de fabricar o pão, tão importante como imprescindível, numa refeição. Parecia existir, tanto os ingredientes, como o equipamento, necessários, para que nada pudesse perturbar a nossa estadia (ainda que curta, naquele lugar), parecia, porque estava faltando um tabuleiro, que segundo o padeiro, não seria possível levar esta tarefa a bom porto.
Cozinha de campanha |
Informado o
Comandante de Companhia, rapidamente chegámos a uma “solução”, foi chamado o
carpinteiro, que garantiu que a partir do corte duma árvore, conseguiríamos as
tábuas suficientes para fazer um tabuleiro. Providenciamos uma escolta, uma
viatura e respetivo condutor, com o vagomestre e o carpinteiro (munido dum
serrote), e assim, seguimos para o interior da mata. Procuramos aí, uma árvore
que satisfizesse os nossos objetivos, mas desiludidos, chegámos à conclusão,
que por aquele meio, não conseguiríamos cumprir, a nossa tarefa, regressámos
então ao acampamento.
Aí chegados,
surpresa, o padeiro fabricava o tão desejado pão, que colocava num tabuleiro
para fermentar e de seguida ir ao forno.
Como seria
possível construir um tabuleiro, a partir duma árvore verde, num espaço de
tempo tão curto!? Só mesmo, dum vagomestre “ingénuo”!!!
F.
Santos - Memórias de Angola
quarta-feira, 7 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Cá está a nossa Ponte do Dange.táo falada hoje neste Sítio.Começa.a ficar popular...
ResponderEliminarFoto tirada da margem direita ao fundo da descida quem vem do Caje . O novo Fortim fica mais ao alto e à direita . Finais de 1968
ResponderEliminarJulgo que parte do que referes aconteceu numa operação realizada no ano anteror a NOVA LUZ,para reconhecimento da área e das condições do rio no local.Abraço.
EliminarA famosa ponte do Totobola estive lá em 70 a melhor cena enquanto lá estive foi de estar a pescar a jusante da ponte no dia que chegou a nossa rendição e já próximo do aquartelamento foram atacados para quem conhece aquilo sabe como ecoam os tiros e tanto eu como o alferes que estava comigo como armamento tinhamos as canas de pesca; até chegarmos à ponte agachados pelo meio das pedras que ladeiam o rio, jurei nunca mais largar a g3.
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